O vírus do regime
No dia em que se bate o record de infetados com covid-19, o primeiro-ministro avisa que "não se pode 'parar tudo' outria vez".
Parece que, afinal, vão mesmo por a economia à frente das pessoas.
Parece que, afinal, os "maus" que não confinaram quando nós confinámos (Suécia, Estados Unidos e Brasil), e por tal ousadia eram unanime e permanentemente zurzidos (o insulto mínimo era "irresponsáveis"), parece que, afinal, o seu modelo vil (não parar a sociedade e proteger os grupos de risco) vai ser adptado por nós.
Parece que comunicação social vai assobiar para o ar, ou seja, vai continuar a falar de Trump ou das encenações em torno do orçamento do Estado, e esquecer-se do que ela e o regime diziam há apenas quatro ou cinco meses, esquecer-se de confrontar o poder com as suas flagrantes contradições.
Parece que os fiéis adeptos do "Estado papá", omnipresente a cada passo na vida dos cidadãos, a começar pela carteira (a maior carga fiscal de sempre), parece que vão apelar à responsabilidade individual. Responsabilidade individual faria todo o sentido com outra gente à frente do país, com os que lá estão agora soa apenas a um desavergonhado "desenrasquem-se!" O Estado que mete o nariz em tudo é o primeiro a virar as costas quando as dificuldades exigem liderança? Parece que já vi isto em qualquer lado.