A saúde mental dos jovens e as Alterações Climáticas
Era inevitável. Os mais novos estão com níveis de ansiedade e pessimismo muito elevados devido às Alterações Climáticas.
A pesquisa “global”, que foi feita em 10 países para um total de 10 mil jovens entre os 16 e 25 anos, resume que:
Muitos têm a perceção que não têm futuro, que a humanidade está condenada e que os governos estão a falhar em responder adequadamente.
Muitos sentem-se traídos, ignorados e abandonados por políticos e adultos.
Quase 60% diz estar muito ou extremamente preocupados.
Mais de 45% diz que os seus sentimentos acerca das Alterações Climáticas afetam o modo como vivem o seu dia-a-dia.
75% diz que o futuro é medonho.
56% diz que a humanidade está condenada.
2/3 declaram que se sentem tristes, com medo e ansiosos. Muito sentem medo, raiva, desespero e vergonha.
4 em 10 estão hesitantes em ter filhos.
Devido aos incêndios que se repetem, Portugal é tido como a nação rica mais preocupada entre todas as que foram escrutinadas.
Tudo isto é pavoroso e um exemplo incrível de como se pode manipular a opinião pública em massa. Retirar a esperança aos jovens é mau e contranatura.
Porque é que isso acontece? Porque deixou de existir espaço público para haver contraditório e as Alterações Climáticas terem sido o primeiro assunto político a ser considerado acima de qualquer discussão de um modo moral. Isto é, se discordas és imoral e um patife. Os jovens não têm acesso a outros pontos de vista, como acontece com tudo o resto.
Talvez este post nunca pudesse ser colocado em destaque no Sapo. Talvez o considerassem imoral ou capaz de trazer má publicidade à plataforma por permitir que algum tipo de dúvida em relação ao assunto seja destacada, algo considerado perigoso. É meramente um exemplo hipotético, uma vez que não conheço a política editorial do Sapo. Até tenho a ideia contrária, confesso.
É bizarro mas os factos são apresentados por ativistas que não admitem o diálogo. À Reuters, Caroline Hickman, a psicoterapeuta que conduziu o estudo e que é especialista na relação dos jovens com a ecologia, diz que a “Eco-ansiedade é um sinal de saúde mental, uma resposta inteiramente apropriada ao que se está a passar”. É citada ainda no Le Monde referindo que as feridas que os governos, devido à inação, estão a inflingir aos jovens é um caso de Direitos Humanos.
O distanciamento científico da autora perante os dados é inexistente porque, enfim, não faz sentido existir, uma vez que não há escrutínio e aquele que falar sobre um qualquer erro é demonizado de imediato. O estudo foi feito e desenhado para obter uma só conclusão e naturalmente obteve-a.
Houve alguém que disse há uns tempos “Deus nos livre de ser governados por psicólogos e psiquiatras”. Não poderia estar mais de acordo.