Você Viu a Luz
Gabigol: "Jesus mudou a minha vida".
Caro Gabigol, e isso é muito bom! Essa felicíssima frase é partilhada por cerca de 2,3 mil milhões de pessoas, espalhadas por todo o planeta, e muitas delas nunca viram um jogo de futebol.
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Gabigol: "Jesus mudou a minha vida".
Caro Gabigol, e isso é muito bom! Essa felicíssima frase é partilhada por cerca de 2,3 mil milhões de pessoas, espalhadas por todo o planeta, e muitas delas nunca viram um jogo de futebol.
Uma vida anterior. Um sentimento desmesurado de pertença que galgou margens sem piedade. A estranha, contranatura e indesejável nostalgia a arrastar-me para lugares em que a terra onde os meus pés assentavam era só o lugar de onde se partia para voar. Foi há muito tempo o que originou o único “Onde poderia ter chegado se tivesse continuado” que carrego comigo para onde quer que vá.
Sinto-me desanimado, mas só um pouco quase nada, com as mais recentes prestações de Joacine Moreira e do Livre. A impreparação para a função de representação é juízo razoável a retirar do que tem acontecido.
Não me permito colocar em bicos de pés de modo a que, por engano, me considerem sábio. No entanto, talvez seja relevante a observação de que um discurso baseado em causas identitárias atrai, e não é paradoxo, um tipo de pessoas com modo de estar individualista, narcisíco e oportunista disfarçado, que leva sempre a que aconteça fragmentação. Neste exemplo de nova esquerda autofágica e fractal chamado Livre à moda de Joacine, a dissensão foi incrivelmente rápida a encontrar opressões internas, o que surpreendeu tudo e todos. Era esperado, claro, mas não com uma distância tão curta para o ato eleitoral de outubro.
A única deputada do Livre é como um segmento de reta desenhado com um comprimento propositada e provocatoriamente bizarro para atrair as populações universitárias de Humanidades urbanitas. Tivesse sido por falta de cuidado ou por desejo imoderado e incontrolável de poder, o lápis acaba não só de rasgar o papel como também de saír da folha.
Depois de dizer hoje que o que se passa é um golpe, a deputada passa a ser uma caricatura e bem o merece pela sua falta de noção no que se estava a meter e falta de conhecimento elementar do que é a política. Felizmente para a nossa sanidade mental, a vitimização aparente de Joacine, e porque seria mau demais, não deverá chegar a usar as tradicionais cartas do racismo, colonialismo, fascismo ou misoginia contra o Livre. O partido desculpará e a deputada ficar-se-á pela teoria conspirativa contra si. Se por alguma razão o partido lhe retirar a confiança e ela ficar como independente, se a sua personaldiade a levar a esse desvairo, só depois de alvo de muita chacota nacional permanente, quem sabe uns seis meses, é que virá a dar o braço a torcer, altura em que já fará parte do anedotário nacional.
Só a Vandinha me faz viajar no espaço. Mesmo que gastronomicamente.
"Rainha Isabel II terá "perdido o controlo" do palácio, diz especialista." (in Sapo Lifestyle)
E é bem verdade! Já há uns bons anos atrás, o primeiro sinal de alerta tinha sido dado quando o palácio foi apanhado numa esquina, não muito longe de Trafalgar Square, a fumar um charro na companhia de amigos de "qualidade duvidosa", para usar de um eufemismo. Depois, e até pela pressão de outros palácios reais, antigos companheiros de pólo e caça à raposa, tudo pareceu melhorar e voltar a entrar nos eixos, até que cerca de um ano atrás, por alturas do Boxing Day, a imprensa inglesa, com particular insistência do insidioso The Sun, noticiava-se um escândalo envolvendo tráfico de cottages de Inverno e até pequenos solares ajardinados, via marítima para as Américas, em contentores, numa mega-operação criminosa gerida na dark-web por palacetes manhosos de Sussex. Daí para cá foi um espiral negro de conspirações, traições e contradições na imprensa, para desgaste e desgosto de toda a família real.
Na origem de toda esta degradação, diz-se nas ruas de Londres, e poderá muito bem ser uma explicação plausível, estará um episódio de proibição por parte da catedral de Westminster, na altura longe dos ouvidos dos tablóides, de uma relação extra-conjugal do palácio com um pequeno castelo plebeu na Escócia, todo construído em pedra vulcânica.
Uma miragem, nos dias que correm. A comunicação de agora perdeu todo o seu encanto.
Foi ontem de madrugada. Deviam ser cerca das duas da manhã, quando, sem mais nuvens ou outros anúncios extraordinários de precipitação, que acordei com um trovão que foi, seguramente, o maior que já ouvi.
O sono devia estar leve naquele momento. Acordei rapidamente, muito a tempo de o ouvir todo. Uma enorme explosão. O seu eco, de poder glorioso, permaneceu abanando toda a minha casa durante uns vinte segundos. Juro.
O mais impossível, além de todo aquele som irreproduzível pela Marvel às mãos de Thor, foi a junção do absoluto silêncio em que se deu, como um aviso divino, fazendo uma apresentação em contraste com todos os ruídos do dia-a-dia. Tive a sensação de estar, por momentos, na presença de Deus, dizendo-me que tivesse atenção à vida. Aquele local e tempo de encontro foram escolhidos e nada pude fazer para o evitar, mesmo que quisesse. Uma sarça ardente. Uma escada, com anjos subindo e descendo. Uma visão, com cordeiros alvos, serafins e sêlos de livros por abrir.
Será que a mais pequena se irá lembrar? Um dia poderei ouvir “Pai, não te consigo imaginar a fumar.” Não é isso que oiço acerca do Rock n’ Roll que toquei em cima de palcos, da minha obsessão em desenhar automóveis, dos meus anos de estudante de teologia, de uma adolescência deprimida e fantasiosa de suicídio que ninguém da família viu ou de ser hoje pai de uma rapariga de 20 anos?
Vou deixando o que fiz em sítios que não fixo.
Deus só pode ser conhecido através da mente e a sua participação não é observável. Felizmente, não sou um dos seus preferidos. Deus, que não tem peso, quer de mim muito menos do que julguei e, como meu amigo, só quer que eu cumpra da melhor forma forma possível este tempo em que o coração bate. Como gosto da amizade de Deus!
Quieto, já sem a esperança que tudo atrapalha, de pés assentes no dia, vou mudando o que faço, enamorado pelo que vou conhecendo e me espanta, alegrando-me com a consciência de que vivo na melhor era da humanidade para um curioso deslumbrado como eu.
Não me queria aqui armar em "João Leal", até porque há só um e é inimitável, visto que se partiu o molde quando saiu cá pra fora, mas fiquei com vontade de meter uma daquelas cenas que ele mete, tipo "Pactos da Felicidade", e tal. Não resisto a repostar esta preciosidade da nossa juventude.
Para quem não gostar... calma, não fique triste, ligue na Rádio Cidade, que deve estar a passar lá algo muito bom para si.
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