Trânsito Proibído
Trânsito proibído a cães sem cabeça.
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Trânsito proibído a cães sem cabeça.
Não percebi. Isto quer dizer que empresas como a LGBTFVBNHGFDSZXHF, Bloco de Esquerda e similares estão proibidas de fazer a única coisa que sabem fazer? (Barulho.)
A obsessão com o assunto "sexo" evoluiu até paranóia. Quem não concordar vai preso: condenado a ficar burro a vida toda.
À partida, quando vemos as letras grandes do cartaz, vemos que tudo concorre para o bem: Um serviço clínico, de apoio mental, é proposto às populações.
O problema é quando olhamos para os detalhes...
Alguém alinha?!
Números, ouvidos aqui e ali (de fontes credíveis), no arranque de mais uma campanha eleitoral:
15% das famílias pagam 80% dos impostos;
60% dos cidadãos dependem economicamente dos Estado – pensionistas, funcionários públicos e beneficiários de subsídios vários;
Um trabalhador na casa dos 30 receberá 40% do último salário quando se reformar;
30 a 40% do preço de uma casa nova são impostos;
Os senhorios pagam em impostos quase um terço do valor da renda que recebem.
O novo formato de comentário televisivo teve ontem a sua primeira emissão.
A ideia, contra-intuitiva para muitos, de que o achismo dos habituais comentadores poderia ter ainda mais uma evolução, foi desenvolvida pelo markeeter Aníbal Soares, da empresa de comunicação Tocanalma.
Eram 21.30 quando a equipa de televisão chegou ao café Snack-Bar O Sonho da Raquel, na Buraca.
Não demorando mais do que um minuto para que se juntassem algumas mesas, foi pedido a quatro pessoas para comentarem uma notícia de cada um de três tópicos: futebol, eleições e costumes.
O único critério de seleção foi o de cada um dos participantes já ter bebido uma quantidade mínima de álcool, valor que não foi especificado na emissão.
Durante cerca de meia-hora, a conversa de café reclamou o seu papel de veia principal do sistema circulatório da noção de cidadania portuguesa.
Expressões como "Tou-te a dizer, Tó", "Tás mas é maluco" ou "Vais-me dizer que o gajo não sabia?" pontuaram as intervenções.
Para satisfação do produção, a percentagem de share do programa ultrapassou a das emissões de comentário tradicionais.
Segundo Aníbal Soares as pessoas estarão cansadas de ver comentadores pretensamente isentos, e que estão completamente fora da realidade, a debitar ideias de partidos que os colocam nas televisões.
A Associação Regional de Comentadores de Lisboa e Vale do Tejo já reagiu a este novo formato com uma nota de imprensa em que equipara a situação à de auxiliares de enfermagem passarem a dar consultas de especialidade, num tom irónico que não terá sido bem recebido pelas redes sociais, onde se pôde confirmar o grande sucesso da iniciativa.
Com nova emissão prevista para hoje no Café Mão Largas, em Mem-Martins, a partir das 21 horas, corre à boca pequena nos meandros partidários que se estará já a arregimentar militantes para estarem presentes por mera casualidade.
Humm... Chamar a isto a "obra mais complexa do século no Algarve" é, no mínimo um exagêro. Com uma pequena pilha de madeiras compradas na serração do Ti Manel e com uns pregos jeitosos até eu fazia isto. (Mas cuidado, não caia!)
O céu está escuro, de acordo com a chuva forte que cai. O portão do armazém está um pouco aberto e é aí que estou, fumando.
Estar triste, de magoado, sem por isso sentir ressentimento, é uma marca da fé com que fui agraciado.
Mais uma vez, os que me chamam irmão, põem-me de lado por fumar. Desta vez, numa comunidade pequena de uma dezena de pessoas.
É impossível não me lembrar de outras ocasiões em que a igreja me deixou este sentimento de exclusão por esse e por outros motivos. Amigos e família disseram Não és suficientemente exemplar para nos representar.
Aí está a igreja, a organização, como um fim em si mesmo. Não compreendo porque é que é assim.
O Jimmy Hendrix começa agora na pequena coluna que anima o trabalho no armazém. A chuva é um rumor de sobressalto no telhado metálico do edifício.
As coisas são como são. Continuarei a frequentar a mesma igreja. A comunidade continuará a tratar-me por irmão, apesar do paradoxo de não quererem que os represente perante o mundo.
Lembro-me, agora com um pouco de alivio de diversão, as refeições em família em que todos eram convidados a dar graças menos eu. Anos e anos assim, porque, no fundo, eu não os representava junto de Deus.
Reparo no modo como Jimmy canta a mesma melodia que a guitarra e apago o cigarro.
Pergunto-me se algum dos cristãos exemplares aos olhos da igreja, algum dos meus familiares exemplares aos olhos uns dos outros, saberá como é duro o sentir-se excluído e o real perigo que isso pode significar.
Volto para dentro, para o armazém, mas não volto ao mesmo lugar onde já estive com esta tipo de mágoa. Já não há raiva nem reação. Apenas amor.
Poderá o problema da abstenção ter os dias contados?
A Comissão Nacional de Eleições e a Santa Casa da Misericórdia assinaram ontem um acordo tendo em vista as próximas eleições legislativas.
Assim, para cada voto entregue na urna, passará a ser oferecido por um funcionário da SCM uma de quatro raspadinhas à escolha. Estas edições limitadas só estarão disponíveis no dia 10 de março e pretendem atrair pessoas que não costumem votar.
Com nome tão sugestivos como apelativos, cada jogo será direcionado para um grupo demográfico especifico.
A Tesouros no Parlamento atribuirá os habituais prémios em dinheiro e propõe-se ser destinada aos jogadores habituais.
A República a Bombar, planeada para seduzir o eleitorado mais jovem, atribui assinaturas Premium do Spotify e Youtube, assim como bilhetes de três dias para o NOS Alive.
A Hollywod Star oferece a possibilidade de se ganharem acessos a serviços de streaming à escolha entre Netflix, Amazon Prime, Disney +, Apple TV, HBO Max e Hulu, tendo sido pensada para atrair eleitoras entre os 25 e os 50 anos de idade.
Por fim, conta-se que a Vitória Esmagadora apele maioritariamente a eleitores masculinos entre os 21 e 60 anos de idade e tem a especificidade de oferecer lugares de época nos estádios dos chamados Três Grandes.
Ainda de salientar que todas as raspadinhas terão a garantia de prémio. Este consistirá em mais uma raspadinha, além daquela a que todos os cidadãos terão direito, nas próximas eleições europeias.
Numa nota enviada às redações, a CNE explica que caso esta iniciativa corra bem, existem já contactos exploratórios com diversas marcas habitualmente presentes em centros comerciais, dando exemplos da H&M, Kiabi, Pull & Bear, IKEA, Worten e Fnac, para que o âmbito de prémios possa vir a ser alargado a tempo do sufrágio para o Parlamento Europeu.
A já conhecida disfuncionalidade das sondagens teve, na madrugada desta segunda-feira, o seu episódio mais grave.
A sondagem para a RTP e Público, de 30 de janeiro, desapareceu da Universidade Católica logo depois de terem sido reveladas as primeiras projeções dos resultados eleitorais deste domingo. Após vários telefonemas de cidadãos alertando para uma sondagem a correr seminua no tabuleiro da ponte 25 de Abril, as autoridades conseguiram localizá-la junto ao Cristo Rei, já de madrugada.
"Estava nitidamente alterada", disse um dos agentes policiais que primeiro chegou ao local, acrescentando "Gritava percentagem de abstenção de forma incoerente e havia rabiscado os pés de Cristo com projeções para a distribuição de indecisos com base em eleições da época do Estado Novo."
Após algumas horas de negociação, a sondagem concordaria em entregar às autoridades o número de contactos com cidadãos maiores de 18 anos, com telefone fixo e residentes em Portugal, com os quais ameaçava por termo à vida. Entregar-se-ia, de seguida, de livre vontade após receber garantias de que não haveria votos em branco nas próximas legislativas.
Já no Hospital Amadora-Sintra, foi recebida por médicos especialistas em Urgência Estatística, tendo sido internada na novíssima ala de Sondagitopatia, onde ficou no mesmo quarto que a já famosa sondagem para a eleições para a Câmara de Lisboa, que nunca recuperou da quebra mental que a vitória de Carlos Moedas lhe terá causado.
O Chega, um partido com ainda nem 5 anos de existência, surgiu hoje, numa sondagem, pela primeira vez com 20%
Esta tarde, nos CTT da Venda do Pinheiro, presenciei um discurso vivaço, racista e securitário de uma senhora. A simplicidade de raciocínio e fraca elasticidade mental que ela apresentava fizeram-me pensar que ela poderia fazer parte desse eleitorado permeável à retórica do partido de extrema-direita.
Pensei, portanto, o que penso sempre que penso nas pessoas que votam no Chega: considerei aquela senhora, que lamentava a existência de mulheres brancas que namoram, ou vivem, com homens negros e que considerava, também, que havia um problema gravíssimo de segurança na vila, como somente alguém que está a ser enganada. Na verdade, refletindo, percebo agora que pessoas como ela não encontram entre os partidos nenhum que se preocupe com aquilo que consideram ser as suas maiores preocupações.
Quando é que os partidos nacionais passaram a descartar a tentativa de representar os cidadãos? Quando é que o chamado Centro passou a optar por apostar nos reformados e funcionários públicos, deixando de saber como pensam os restantes eleitores? Não é como se o BE, a IL, o L ou o PAN pareçam mais capazes de mais alguma coisa do que falar para dentro da sua própria bolha. Na verdade, todos os partidos, com exceção do Chega, parecem estar bloqueados e não conseguem entrar, devido à sua ideologia e tiques urbanitas, em contacto com grande parte da população. É uma questão de representação.
Pelo que se tem visto até agora, a performance do Chega é o exato oposto da CDU. Enquanto esta última surge sempre sobrevalorizado nas sondagens em relação aos efetivos resultados eleitorais, o Chega é o partido mais subvalorizado nesse aspeto.
Quanto valerá hoje, na realidade, o partido de Ventura? Poderá ser já a segunda ou, quem sabe, a primeira força política nacional?
O Comité Olímpico Internacional acrescentou mais um aos quarenta e seis desportos que fazem parte das Olimpíadas.
A nova disciplina, a Violência Performativa, terá inicialmente três competições em Paris, esperando-se que nos Jogos Olímpicos de 2028 haja um acréscimo significativo de outras modalidades que, entretanto, e certamente, surgirão até lá.
O Lançamento de Tinta a Obras de Arte Não-Contemporâneas será disputada com a variante Com e Sem Colagem de Corpo a Obra.
O Interromper Tráfego com o Rabo no Alcatrão será disputada em modo individual e por equipas em Autoestrada, Rua Citadina e Portão de Refinaria.
Por fim, o Palavras de Ordem contra o Capitalismo terá as variantes Anti-Israel, Anti-Fascismo, Anti-Imigração e Apocalipse Climático. Para esta última, espera-se com bastante antecipação a performance da ex-campeã mundial júnior em todos os escalões, Greta Thunberg.
Em Paris não haverá representantes portugueses, uma vez que a Climaximo terá falhado a obtenção dos mínimos na sua última tentativa na 2ª Circular.
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